Fui apresentado à cozinha marroquina pelas mãos de Dinah Doctors, chef e proprietária do restaurante Tanger. Há uns bons 10 anos ela abriu a casa na Vila Madalena e fincou raízes, com sua competência e simpatia. Eu fui amigo do marido dela, Felipe Doctors, um artista caprichoso que nem viu o restaurante nascer e foi-se mais cedo, para fazer arte lá no céu. Ele desenhava peças com tamanho cuidado nos detalhes que era muito difícil não se render às suas criações. Como dizia um famoso taxista baiano que conheci faz tempo, “deus não quer nada mal feito...”.
Sem Felipe, Dinah abriu o Tanger e passou a compartilhar suas receitas marroquinas, como o Cuscuz Royal – único prato que pedi neste restaurante até hoje, nas N vezes que estive por lá. É um desbunde. Tem uma combinação de sabores que somente fazem sentido à luz da milenar cultura árabe-africana. Ë memorável o ritual de saborear o prato, regando-o com o caldo que o acompanha, experimentado as pimentas variadas... tudo isso num cenário muito bonito, ideal para jantares entre casais...
Um outro amigo comum, num desses memoráveis jantares no Tanger, me apresentou uma combinação inusitada: cuscuz (ou cuscus?) marroquino com cerveja. De preferência, cerveja australiana, como a Fosters, que faz parte do cardápio de bebidas do Tanger. Não é que combina?
Tanger – Rua Fradique Coutinho, 1664 – Vila Madalena (www.restaurantetanger.com.br)
segunda-feira, 23 de março de 2009
Não é pra repetir - ¿Que pasa?
Preços dos restaurantes de SP. O João já trouxe esta pauta ao nosso blog dia desses. Tomei uma tungada sábado retrasado e resolvi voltar ao tema. Se a inflação está de fato sob controle, menos de dois dígitos ao ano, alguém precisa avisar aos proprietários das bodegas que, do jeito que a coisa vai indo, tá ficando cada vez mais difícil “comer fora” nesta cidade.
Acordei com vontade de carne. Sabe quando vc sente o gosto de sangue na boca? Pois é. Vontade brava, quase indecente. Pensei em encarar um rodízio completo. Poderia ter ido ao Fogo de Chão, escolha óbvia. Resolvi experimentar (afinal, o espírito deste blog é investigativo, não?). Peguei a Rebouças congestionada e desci no Vento Haragano. Fazia tempo que queria experimentar os assados dessa casa argentina.
Bons cortes, ótimo atendimento, mas sem nenhum destaque, nenhum uniqueness. Nem o famoso (?) arroz carreteiro (que só vem à mesa se vc pedir ao garçom) vale a viagem e a Rebouças. Momento marcante é a conta: 260 paus, incluindo 10% de serviço, para um almoço com dois comensais. Sem álcool. O rodízio custou 85 dinheiros por cabeça. Sobremesa, um insosso creme de papaya, 20 paus cada taça. Refrigerantes, cafezinho, 10%... Quase trezentas pilas para um almoço mais-ou-menos? Deveria ter ido ao Fogo de Chão. Lá somos roubados conscientemente. Sabemos que cada garfada de picanha vai custar uns 20 mangos. Mas vale a pena. Esse Vento Haragano, como diz a avó do João, não é pra repetir.
Acordei com vontade de carne. Sabe quando vc sente o gosto de sangue na boca? Pois é. Vontade brava, quase indecente. Pensei em encarar um rodízio completo. Poderia ter ido ao Fogo de Chão, escolha óbvia. Resolvi experimentar (afinal, o espírito deste blog é investigativo, não?). Peguei a Rebouças congestionada e desci no Vento Haragano. Fazia tempo que queria experimentar os assados dessa casa argentina.
Bons cortes, ótimo atendimento, mas sem nenhum destaque, nenhum uniqueness. Nem o famoso (?) arroz carreteiro (que só vem à mesa se vc pedir ao garçom) vale a viagem e a Rebouças. Momento marcante é a conta: 260 paus, incluindo 10% de serviço, para um almoço com dois comensais. Sem álcool. O rodízio custou 85 dinheiros por cabeça. Sobremesa, um insosso creme de papaya, 20 paus cada taça. Refrigerantes, cafezinho, 10%... Quase trezentas pilas para um almoço mais-ou-menos? Deveria ter ido ao Fogo de Chão. Lá somos roubados conscientemente. Sabemos que cada garfada de picanha vai custar uns 20 mangos. Mas vale a pena. Esse Vento Haragano, como diz a avó do João, não é pra repetir.
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