sábado, 16 de janeiro de 2010

50!

50 posts publicados em um ano e quatro meses formam um razoável elenco de impressões variadas sobre comes & bebes. No mínimo, é um roteiro para o Imposto de Renda rastrear onde temos investido um bom pedaço do nosso dinheiro ao longo destes últimos 16 meses... Investimento prazeroso, registre-se. De qualquer forma, tanto o dinheiro gasto quanto os palpiltes sobre cada prato experimentado parecem não ter chamado muito a atenção nem de internautas desavisados, nem da receita federal, apesar dos esforços literários, das calorias ingeridas e das faturas dos cartões de crédito... 
Este post número 50 - bem como cada uma das linhas digitadas neste blog gastropinativo - simboliza e acalenta o desejo confesso dos seus autores de, algum dia, saltar para o outro lado do balcão. Queremos desgustar e oferecer; desejamos comer e cozinhar; adoramos criticar e adoraríamos ser vidraça... Um belo dia, mais cedo ou mais tarde, publicaremos o último post como comensais e convidaremos para a inauguração da nossa casa, do nosso bar, do nosso restaurante. E esperamos, com fé e confiança, que o novo empreendimento faça mais sucesso e atraia mais a atenção do que este querido mas quase anônimo blog...

No meio desta semana experimentamos o Saj, um libanês bem montado no meio dos bares da Vila Madalena, eleito pela Vejinha como o melhor Bom e Barato do ano passado.
O lugar é pequeno e agradável e, de fato, merece o título pretencioso que recebeu da revista. É bom (sem ser ótimo) e barato. Pedimos esfihas de entrada, junto com kibe cru (tradicional e indispensável para a avaliação de um árabe-libanês), chancliche e uma porção variada de pães. Como pratos principais, fomos de kafta e arroz com lentinhas. 
Na minha leitura, o ponto forte foi justamente o ótimo kibe cru, muito saboroso na combinação com o queijo temperado. Já vi vários restaurantes árabes mais "estrelados" escorregarem no preparo deste prato tradicional. O segundo destaque veio com a conta: um farto jantar, variado e regado a cerveja Original, por pouco mais de 50 pilas por cabeça. Barato. E bom. (MS)

Pra complementar o post do Soderi, eu queria comentar justamente a porção de pães.  Não é segredo pra ninguém que me conhece que o melhor pão sírio de SP, na minha opinião, é o do Brasserie Victória...  Mas no Saj, o simpático foi eles servirem o pão folha, que nem sempre vem à mesa nos sírio-libaneses.  Muito bom, leve, quente e saboroso.  Combinou muito bem com o kibe cru, a coalhada seca e o chancliche.  O pão sírio ficou em segundo lugar - melhor posicionado no meu ranking do que, como diz o Soderi, muito restaurante estrelado por aí.  Realmente o restaurante não impressiona em nenhum item isolado, mas vale pelo "conjunto da obra".  Boa pedida! (JLN)

Saj - Rua Girassol, 523 - Vila Madalena (www.sajrestaurante.com.br)