terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Os Grandes Também Erram!
Pra nós vermos que até os grandes, de vez em quando, erram.
De qualquer jeito uma pena terminar o ano com uma notícia ruim. Quem sabe esse é o indício de que começaremos 2010 muito, muito bem?
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Por que é que eu fui gostar de comida Mexicana?
Bom, neste final de semana passado veio a sugestão da minha mulher de ir a um Mexicano indicado por uma amiga dela. Não tinha nenhuma idéia melhor para o almoço, topei. O local se chama Viva México!, fica na Fradique Coutinho. É minúsculo, tem poucas mesas e você sai de lá com o cheiro da comida (já que as mesas ficam muito próximas da cozinha), mas não é que é bom? Aleluia irmãos!!
Comida mexicana de raiz, nada de tex mex. Comecei com uma entrada de chili e nachos, com uns 5 tipos diferentes de pimentas. Interessante para fazer experiências, as pimentas são muito saborosas. E aí veio o prato principal: Taco. Só que o Taco de verdade vem com a tortilha mole, não com aquela que parece um Doritos gigante. Os ingredientes vêm todos separados e você monta ele no seu prato do jeito que preferir. Bom, eu misturei tudo, não quis deixar nada de fora... Primeiro a tortilha, depois a carne (filet grelhado, no ponto, cortado em tiras), aí o feijão que vem como um tutu, cebola, tomate picado, coentro, aquele creme de leite meio azedo (no tex mex, sour cream), as pimentas e, por fim, até o guacamole (eu nunca tinha comido guacamole e gostado). Não é que ficou bom? Um dos melhores que eu já comi e este, aparentemente, Mexicano genuíno.
Saí de lá feliz. Só a cerveja mexicana é que é intragável. Fui de Stella Artois, no gargalo, bem gelada. Nada de Corona, Dos Equis ou qualquer outra porcaria aguada e amarga. É que eu não estava no clima, mas nunca vi tanta marca de tequila...
Até que enfim uma opção para matar aquela vontade que vem a cada 5 anos!
Viva México! - Rua Fradique Coutinho, 1124, Vila Madalena - SP
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Bonita camisa, Fernandinho
Almoço de sexta no Nello´s, velho italiano da década de 70, enfiado entre Pinheiros e Vila Madalena. Como entrada, uma deliciosa Puntarelle a la Romana, salada de catalônia com molho de alici. Abertura perfeita para o prato principal, tradicionalíssimo da casa quase quarentona: Fígado a la Veneziana. É iguaria pra quem gosta, é pra macho. Filetos de fígado ao vinho com cebola e arroz (uniqueness!). Pra mim, é de voltar no tempo, à casa da nonna. Só faltou uma polenta mole pra acompanhar. De sobremesa um tarfufo de tirar o fôlego (uniqueness 2 !!!).
Nello´s - Rua Antonio Bicudo, 97 - Pinheiros (www.nellos.com.br)
Pasquale - não vou repetir. Olha os posts antigos...
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Estamos virando Norte Americanos...
Confesso que não fiz isso "out of thin blue". Eu na verdade recebi uma "forte recomendação" de não jantar no hotel que eu estava hospedado e aí a necessidade me puxou para o desafio. Encontrar um bom restaurante (bom porque já que eu teria que sair do hotel, não fazia sentido ir em algum lugar mais ou menos) me parecia uma tarefa bastante difícil de ser cumprida. Lógico que eu entrei na internet e pesquisei um pouco sobre São José, quando um nome me chamou a atenção: Madero. Um grande amigo comentou algo comigo sobre esse restaurante um tempo atrás e eu, na ocasião, pesquisei a respeito e descobri que é baseado na crença de que eles tem o "The Best Burger in the World", sem a menor modéstia.
Fiquei feliz de poder ter um contato com este restaurante em São José. Até porque, se for mesmo o melhor, tem tudo a ver com o nosso humilde blog... Mas chega de blábláblá e vamos logo ao que interessa. A ambientação do lugar é um pouco diferente do que se esperaria de um restaurante que tem como vedete o hamburguer, todo cheio de nove horas, com talheres formais, pratos formais, taças de vinho sobre as mesas. A iluminação e o ambiente em geral gravitam sobre estes conceitos, portanto, se não lermos o cardápio, acharemos que se trata de um lugar "mais arrumadinho". O cardápio é simples, com opções de carne, algumas massas, algumas entradas e... as opções de hamburguer. O idealizador do local se chama Junior Durski e ele conta, no cardápio, porque ele considera sua criação a melhor da categoria. O cheeseburger começa com um belo blend de 260 gramas de picanha, fraldinha e bife de chorizo. Leva uma fatia de cheddar inglês (aí, na minha opinião, um dos pecados - um belo emmental complementaria a carne com muito mais classe) e salada milimetricamente cortada e arrumada entre a carne, o queijo e um pão de hamburguer estilo pão francês, gostoso, crocante. É clara a influência que ele teve da Lanchonete da Cidade, até na apresentação do sanduíche, que vem enrolado em papel manteiga no melhor estilo Bombom Deluxe.
Estava sozinho, acabei complementando tudo com um chopp (Brahma, ponto positivo, muito bem tirado e geladésimo) e vou dizer... Se é o melhor do mundo eu não sei (essa categoria é muito ampla), mas está realmente no meu top five (já descontado o fato de que o queijo não ajuda tanto). O que o diferencia dos outros é a carne, realmente a combinação que ele inventou é maravilhosa - perfeita, saborosa e molhadinha não de gordura (como na Hamburgueria Nacional), mas do próprio "suco" da carne - que é preparada na grelha com lenha.
Repetirei no futuro próximo, conforme eu tenha oportunidade, já que não há uma loja deles em SP e recomendo a quem for a Curitiba, Balneário Camboriú ou Goiânia.
JLN
Restaurante Madero - Rua Jaime Reis, 254 - São Francisco - Curitiba, PR
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Troque seu Kibon por um desses
É um lugarzinho pequeno, quatro ou cinco mesas de plástico, meia dúzia de freezers espalhados, uma única atendente no caixa, nenhum maldito cesto de lixo e... uns 50 sabores de sorvetes, picolés na maioria. O povo se amontoa na calçada e vai escolhendo os palitos.
Fica difícil chupar um só... Quem gosta dos sabores manjados, até encontra um de chocolate, uva, limão ou côco. E pára quase por aí. Legal é explorar as muitos frutos do norte e nordeste do país, além de algumas invenções deliciosas que acabei provando num tarde de mais de 30 graus. Umbu, tapioca, cajá, tamarindo, graviola... Destaco três sabores: o conhecido caju, cujos fiapos saem na boca; o de abóbora com côco (tomei dois...) e o de groselha, muito bom. O de tapioca, de massa, deveria compor alguma sobremesa. Vou pensar no caso.
O nome da sorveteria é Frutos do Cerrado - e merece toda a nossa atenção e reverência, principalmente nos domingo tórridos que vão se repetir deste novembro pra frente.
Frutos do Cerrado - Rua dos Pinheiros, 320 - Pinheiros
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Melhor aqui do que lá
Enfim, a experiência paulistana reposicionou o restaurante no meu conceito gastronômico. Não recomendo para quem está brigando com o peso - o que é o meu caso -, mas deste prazer só abro mão quando a balança bater nos 200.
Colher de Pau - Rua Dr. Mario Ferraz, 563 - Itaim Bibi
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Detalhes. Detalhes?
De qualquer forma, a Vinheira continua entre meus top 10 da cozinha italiana de SP.
Complementando o post do Soderi... Minha ida à Vinheria aconteceu na última Restaurant Week. Fui lá sem recomendações ou indicações e fiquei bem feliz. Escolhi um dos itens da Restaurant Week, que era o Spaghetti ao ragu de ossobuco. Execução perfeita, Spaghetti al denti, com o ossobuco desfiado em molho de tomate super suave. Mas o que me chamou a atenção mesmo foi o prato que minha mulher escolheu, o Risotto de limão siciliano com ragu de funghi. ESPETACULAR! Talvez o melhor que eu já comi. Perfeito, al denti no ponto, com sabor de limão siciliano na medida e o funghi sem sobrepor o sabor, perfeito com queijo parmesão. Incrível. Quase mandei trocar meu prato.
De quebra ainda descobri um vinho muito, muito bom, com preço honesto: um Farnese Montepulciano Casale Vecchio 2006 - eu não sei dizer se é amadeirado ou frutado, ou se tem fundo de pele de camelo ou taninos acentuados... O que eu sei é que, como os outros Farneses que eu experimentei, ele é delicioso e desceu fazendo carinho na garganta - um dos melhores que eu já tomei.
JLN
Vinheria Percussi - Rua Cônego Eugênio Leite, 523 - Pinheiros
domingo, 20 de setembro de 2009
Melhores de SP 2009/2010
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Não Deixe para Amanhã o que se Pode Fazer...
Na primeira vez que estive lá, pedi o famoso filet mignon com risotto e tive uma surpresa... Fazia tempo que não comia uma versão tão caprichada desse prato tão simples. O molho de vinho com o sabor no lugar certo, com aquele fundinho adocicado, o filet grelhado no ponto exato, ainda molhado e o risotto consistente e al dente como poucos que comi em restaurante - tudo isso acompanhado de um serviço primoroso, num nível de atenção que há muito tempo não via. Enfim, receita certa para retornar. Na segunda vez que fui, pedi um prato do festival de polentas deles: polenta mole com ragú de vitela. Não sei dizer o que era melhor, se eu estava com saudades do filet ou se aquela polenta era a mais perfeita que já tinha pousado em meu prato. Enfim, mais argumentos para voltar lá e tirar a prova.
E último detalhe, me chamou a atenção a cozinha exposta deles, onde se pode ver os pratos sendo finalizados.
JLN
Oggi Cucina & Vino - Av. Faria Lima, 4.433, Vila Olímpia - (11) 2843-8888
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Pra quem não gosta de peixe
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Chutando o "poste" da Barraca...

Mas como o propósito do nosso singelo e humilde blog é investigar, vamos a mais esta experiência.
Vamos ao que interessa. Fiz uma extravagância gastronômica do maior calibre possível sem pensar no rombo do cartão de crédito depois, afinal, como diz o ditado do viajante, "quem converte não se diverte." Resolvi que experimentaria a tal da Haute Cuisine francesa, pra entender os porquês de falarem tanto dela. Pesquisei alternativas, ponderei avaliações, pensei bastante e o restaurante escolhido foi o L'Atelier de Joël Robuchon. Bom, esse senhor é um dos poucos Chefs 3 estrelas do Guia Michelin (depois eu posto sobre isso, pra explicar um pouco do que se trata). Em Paris ele tem três restaurantes. Um dos motivos desse ter sido o escolhido é o fato de que neste a cozinha é exposta, já que ele não tem mesas, você come sobre um balcão que circunda a área de preparação. Portanto você olha tudo o que acontece e vê os chefs e cozinheiros preparando sua comida - numa cozinha francesa, isso pode ser um espetáculo.
Esse talvez seja o post mais difícil que eu já escrevi, porque tudo, desde a espera no lobby de um hotel, numa rua típica parisiense, foi uma experiência memorável. Ao entrar no restaurante e ver as pessoas lá dentro, preparando inúmeros pratos, como peças de um relógio, silenciosamente e coordenadamente é realmente de arrepiar. Me sentei então na lateral do balcão e me foi entregue o menu. Ele era dividido em duas partes, uma que era a degustação (você seleciona 5 pratos do menu e eles vêm todos em porção reduzida, assim você experimenta um pouco de cada coisa) e a outra que era o menu de fato, com os pratos e opções. Fui para a segunda parte.
Escolhi a entrada, um prato principal e a sobremesa. Pura poesia. Realmente as quantidades são pequenas, mas o prato é preparado como uma obra de arte. Escolhi de entrada o L'oeuf cocotte, dificílimo de explicar. Veio numa taça de dry martini, parecia mais um drink... Achei interessante, algumas texturas diferentes, mas até aí, era ovo. Passei então para o prato principal e aí a brincadeira começou. Bom, num restaurante francês pela primeira vez, eu tinha que pedir o tal do foie gras. O que, nesta pequena iguaria, pode ser tão incrível? Realmente não sei dizer, só sei que o cara que inventou de misturar o tal do fígado de ganso com as trufas da Itália realmente é um dos grandes gênios da humanidade. Aí eu entendi finalmente o porquê do prato ser tão pequeno. Como todo grande prazer na vida, ele dura pouco. Mas vale cada fração de segundo! O purée com trufas era uma coisa indescritível que, quando combinado com os pequenos pedaços de foie gras cuidadosamente cortados por minha faca, criam uma sensação dentro da boca que eu realmente não poderia imaginar, antecipar e/ou reproduzir de outra forma. E para acompanhar tudo isso, claro, um "vinho nacional" de Bordeaux: um Haut Mazeris 2005 cuidadosamente experimentado ao ser aberto pela sommelier da casa que após certificar-se de que o líquido estava bom, despejou-o em taças largas.
Saí de lá feliz e pobre. Após pagar a fatura do cartão de crédito em prestações, posso dizer que foi, de fato, uma experiência gastronômica que nunca será esquecida - talvez a minha maior.
sábado, 4 de julho de 2009
Paris, belo!

segunda-feira, 8 de junho de 2009
Boa comida carioca
Mas a capital turística do país virou o jogo de 5, 10 anos prá cá e resolveu tratar melhor do estômago dos que visitam suas paisagens. Entenderam que nem só de praia, biscoito Globo e mate com limão vivem os turistas...
Passei um fim de semana gastronômico no Rio de Janeiro e experimentei dois bons restaurantes, um no Leblon e outro em Santa Teresa. O Garcia & Rodrigues fica na Ataulfo de Paiva, miolo do Leblon. É uma rotisserie/confeitaria com um restaurante no fundo, de cozinha variada e ótima adega de vinhos. Pedi um cordeiro ao molho de ervas, acompanhado de legumes puxados no molho da carne. Bom, quase ótimo. A Fê experimentou um bife de chorizo ao molho bearnaise acompanhado de ótimas batatas fritas. A carne levou 5 e meio (estava meio passada demais) e a batata passou com louvor. Outra boa nota foi o couvert, com pães divinos e patês idem. A sobremesa passou desapercebida (nem lembro o que pedi...). Minha cocnlusão é que trata-se de um restaurante honesto, sem nada excepcional, com uma ótima confeitaria na entrada.
No dia seguinte almocei no Aprazível, em Santa Teresa. A dica número 1 é: esqueça o bondinho e vá de táxi. Você vê o mapa, acha que dá para descer do bonde e andar um pouco a pé até o restaurante e toma um susto. O restaurante fica numa rua que só se sobe com equipamento de alpinista. Agora, o lugar é lindo, muito simpático, bem montado numa casa antiga no alto do morro. O couvert de entrada é um desbunde, com pequenas e deliciosdas porções-de-tudo-um-pouco... O vinagrete de vôngoles, regado com azeite de alho, sobre um pão quentinho poderia ser o prato principal. Pedi uma galinhada caipira: arroz de frango com linguiça mineira, acompanhada de chicória, feijão especial e banana da terra. Muito bom, acima da média. A Fernanda atacou de lasanha campesina: mix de 3 cogumelos e alho poró, ao molho bechamel. Delícia que tentei repetir em casa dia desses e quase acertei. De sobremesa, uma banana ao forno com sorteve e vinho do Porto que não honrou os pratos principais. O restaurante tem um cardápio variado e instigante. Fiquei com vontade de quero-mais...
Só para não deixar passar batido: amobos têm preços de S. Paulo... No primeiro, com couvert, prato principal, sobremesa e um tinto chileno (Casa Carmen), deixei 300 pilas. No do morro, sem vinho e sem contar o táxi, foram 180 paus.
Garcia & Rodrigues - Rua Ataulfo de Piava, 1251 - Leblon - RJ
Aprazível - Rua Aprazível, 62 - Santa Teresa - RJ
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Segunda chance
Como sou um cara do bem e não guardo rancor de ninguém, resolvi voltar lá para o almoço de sábado. Todo mundo merece uma segunda chance...
Aos sábados, pra variar, eles servem um buffet de feijoada. Pulei fora, por motivo já explicado em post anterior - cada um no seu quadrado. Fui num prato regional, carne seca desfiada na manteiga de garrafa com baião de dois (arroz com feijão verde, pimenta biquinho e queijo coalho). Boa apresentação e ótimo sabor. Surpreendente. A Fernanda pediu uma ainda melhor picanha com farofa de banana da terra e palmito pupunha salteado. Carne no ponto e acompanhamentos muito bem executados. Valeu a pedida.
O fechamento foi ainda melhor. As sobremesas ganharam minha menção de uniqueness, em duas versões. Um pout pourri de doces de banana (sorvete, doce cremoso, pastel de banana com canela pé de moleque e creme brule de banana com gengibre) para mim e banana flambada na cachaça e suco de laranja, com sorvete de tapioca e raspas de côco para a Fê. Muito boas e valem a viagem.
A segunda chance do Bananeira abriu uma brechinha de esperança no deserto gastronômico que é o Morumbi...
Bananeira - R. Mal. Hastimphilo de Moura, 417 - Morumbi - SP - www.bananeiramorumbi.com.br
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Boa Proposta, Execução Razoável...

segunda-feira, 23 de março de 2009
Especiarias & cerveja australiana
Sem Felipe, Dinah abriu o Tanger e passou a compartilhar suas receitas marroquinas, como o Cuscuz Royal – único prato que pedi neste restaurante até hoje, nas N vezes que estive por lá. É um desbunde. Tem uma combinação de sabores que somente fazem sentido à luz da milenar cultura árabe-africana. Ë memorável o ritual de saborear o prato, regando-o com o caldo que o acompanha, experimentado as pimentas variadas... tudo isso num cenário muito bonito, ideal para jantares entre casais...
Um outro amigo comum, num desses memoráveis jantares no Tanger, me apresentou uma combinação inusitada: cuscuz (ou cuscus?) marroquino com cerveja. De preferência, cerveja australiana, como a Fosters, que faz parte do cardápio de bebidas do Tanger. Não é que combina?
Tanger – Rua Fradique Coutinho, 1664 – Vila Madalena (www.restaurantetanger.com.br)
Não é pra repetir - ¿Que pasa?
Acordei com vontade de carne. Sabe quando vc sente o gosto de sangue na boca? Pois é. Vontade brava, quase indecente. Pensei em encarar um rodízio completo. Poderia ter ido ao Fogo de Chão, escolha óbvia. Resolvi experimentar (afinal, o espírito deste blog é investigativo, não?). Peguei a Rebouças congestionada e desci no Vento Haragano. Fazia tempo que queria experimentar os assados dessa casa argentina.
Bons cortes, ótimo atendimento, mas sem nenhum destaque, nenhum uniqueness. Nem o famoso (?) arroz carreteiro (que só vem à mesa se vc pedir ao garçom) vale a viagem e a Rebouças. Momento marcante é a conta: 260 paus, incluindo 10% de serviço, para um almoço com dois comensais. Sem álcool. O rodízio custou 85 dinheiros por cabeça. Sobremesa, um insosso creme de papaya, 20 paus cada taça. Refrigerantes, cafezinho, 10%... Quase trezentas pilas para um almoço mais-ou-menos? Deveria ter ido ao Fogo de Chão. Lá somos roubados conscientemente. Sabemos que cada garfada de picanha vai custar uns 20 mangos. Mas vale a pena. Esse Vento Haragano, como diz a avó do João, não é pra repetir.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Não tinha que ser Einsbein?
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
4. A Ignorância é uma Benção

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
3. A Incessante Busca pela Itália
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
2. Aquele do Desenho Animado com o Osso no Meio

E lá vamos nós, pra outra grande dica da minha irmã: o pretenso melhor Steak de Nova York. Chamado de Peter Luger, a casa fica no Brooklyn e desde 1887 serve um T-Bone que eu nunca vi parecido. Ele ocupa uma travessa inteira e tem o osso em T perfeito no meio. Vem lindamente grelhado, molhado, e com um cheiro que hipnotiza.
Cortado em tiras, cada pedaço é perfeito. É um corte de Porter House, um tipo de carne chamada de “marmorizada”, ou seja, com lâminas de gordura entremeadas, que derretem na grelha, espalhando sabor e maciez na carne (ainda crua, ela tem o aspecto de mármore). Nunca comi nada tão macio – sem exagero e linguagem figurativa, a carne derrete na boca como chocolate. Por ser marmorizada e maturada, não tem sabor dos tradicionais amaciantes de carne que os americanos adoram usar. Poucas vezes comi algo tão bom.
Só recomendo ir lá no almoço. Esse restaurante é um prazer que cobra a conta depois – é pesado, o after é parecido ao que se tem após uma festa da costela: a sensação de ter uma pedra na barriga. E como tudo em Nova York, faça reserva, se não você não senta.
JLN
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
1. Pi Djei
É como se deve pronunciar o início do nome: P. J. Clarke´s. Se vai a Roma, visite o Papa. Em Nova York, coma um hamburger. Faça isso com classe: segundo a dica da minha irmã (mais feliz que eu, praticamente freqüentadora assídua de Nova York), Frank Sinatra, quando estava por lá, tinha mesa cativa.
E não é que o Frank (perdoem-me a intimidade) tinha razão? O cardápio é eclético, mas o hit é o hamburger. Um Senhor hamburger gourmet, preparado no prato, decorado, com queijo meticulosamente derretido, feito ao ponto, vermelho por dentro, crocante por fora, molhado, suculento. O pão vem levemente tostado, aberto para você montar da maneira que bem entender. Pedi um com queijo suíço e cogumelos. Seguem a alface, o tomate e as fritas. Você fecha tudo, aperta, dá o toque de ketchup e aperta a boca em volta dele. Uma explosão de sabor. Frank tinha seus motivos.
De sobremesa experimentei uma Apple Crumble – uma espécie de torta de maçã com cobertura crocante, quente, moldada pela cumbuca, não enjoativa, coberta com generosa bola de sorvete e fundinho de canela e mel. Saí de lá de ambulância!
E antes que eu me esqueça, resolvi também explorar um pouco as difamadas cervejas americanas (sempre aguadas e amargas um pouco além da conta). Algumas boas surpresas: a Samuel Adams (Ale avermelhada e saborosa), a Blue Moon (artesanal Lager do Brooklyn) e, viva a globalização, chopp Stella (um pouco mais amargo do que o que trouxeram para o Brasil). Ponto para os EUA! Não só de Budweiser vivem os americanos!
Mais tarde, já de volta a SP, descobri que abriram uma “filial” da casa na Rua Mario Ferraz. Fui lá e foi honesto. Claro que nada parecido com o original. A impressão que tive é que por aqui, o representante é comerciante e não gourmet. Não tem Apple Crumble, não tem a cara de antigo (e o charme também), não fica na frente do Lincoln Center e não tem a mesa do Frank.
JLN
P.J.Clarke’s - 44 W 63rd St, New York e outros 4 endereços
P.J.Clarke’s São Paulo – Rua Dr. Mário Ferraz, 568, São Paulo
Vamos Olhar um Pouco pra Fora
Nunca escondi meu desdém pela “culinária anglo-saxônica”. Nigella e Jamie Oliver que me perdoem, mas Fish & Chips e feijão doce com Marshmallow deveriam entrar na mesma categoria culinária do churrasquinho grego por R$1,00 com suco grátis lá do centro de SP. Assim como não é segredo que desisti dos Mexicanos em SP (tá bom, vai, nunca vou conseguir deixar de procurar), toda vez que viajo pros EUA ou pra Londres (o que não tem acontecido com muita freqüência, infelizmente), eu já vou pensando em outros prazeres que a viagem pode proporcionar que não a gastronomia.
Estive, felizmente, em Nova York agora na virada do ano. Resolvi procurar um pouco e preparar um roteiro gastronômico para tentar descobrir se a grande maçã tem algum poder de fogo pra competir com São Paulo. Como a verba era limitada, não deu pra explorar horrores, mas do pouco que vi, ouvi, bebi e comi, posso dizer que tive boas surpresas.
Farei uma série de quatro posts falando sobre as experiências que valeram a pena e devem ficar registradas. Elas contribuem para um dos objetivos deste Blog, que é o registro de detalhes e características que diferenciam alguns lugares de outros. Por isso peço aos prestigiosos freqüentadores do Blog que não me levem a mal por escrever sobre Nova York.
De qualquer jeito, ficam as dicas. Espero que se alguém for pra lá, não se sinta perdido – use-as de ponto de partida.
JLN
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Salgadinho também é comida
Merecem destaque a esfiha de escarola e os pasteis de carne e palmito. Tudo feito na hora, com óleo sempre renovado, acompanhados daqueles sucos tosqueiras, de máquina, perfeitos na combinação "no-low fat" que este post evoca. Quando estou com vontade de chutar o balde, vou até lá, compro uma porrada de salgados para viagem e venho comendo enquanto dirijo para casa, no carro mesmo... Recomendo.
Yokoyama - Avenida Lins de Vasconcelos, 1365 - Cambuci.